segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Steam Review - Ring of Pain

 Um anel e um ciclo sem fim.


Ring of Pain é um roguelike (se você morreu começa do zero) que trata de um ciclo do nosso personagem, um ciclo de vida e morte, um ciclo de luz e trevas. Lançado em outubro deste ano, Ring Of Pain  traz uma jogabilidade simples, mas que necessita um pouco de atenção e as vezes aceitar a morte.

O jogo apresenta um tutorial que explica bem como tudo funciona e tem o idioma português-Brasileiro para ser escolhido. Estes dois fatores tornam instantaneamente o jogo mais acessível ao nosso mercado já que o idioma ainda é uma barreira para vários jogos nas diversas partes do mundo e Ring of Pain se esforçou para atingir o máximo que pôde. 


O gameplay  do jogo se trata da fusão de um RPG com jogos de cartas. Em RoP você não constrói um baralho para enfrentar os inimigos mas estes são apresentados como cartas  e devem ser derrotados ou ignorados de acordo com a situação que você se encontra. 

O combate por si só é bem simples. você clica no inimigo e um turno acontece em que um ataca o outro. Se não quiser combater alguém, basta clicar para o lado que você quer "andar", mas isso pode ter um custo.

O RPG está incluso nos seus atributos. Ataque,Defesa,Velocidade,Clareza e Saúde. Cada um destes elementos é crucial para o seu avanço no jogo. Sem ataque, você não mata nada; Sem defesa, seus inimigos vão te matar facilmente; Por fim, sem clareza você vai  estar mais vulnerável à maldições e ganhará menos almas ao derrotar os inimigos.


Para que serve ganhar almas? Para abrir baús que contém equipamento. Os equipamentos são o que mais interferem nos seus atributos e vem em diferentes raridades. Uma armadura pode te proteger de explosões, mas reduz sua velocidade. Uma máscara intimida seus inimigos ao atacar, mas em compensação você tem sua vida reduzida. Existem 14 espaços para equipamentos e cada um com uma quantidade razoável de opções. Saber fazer as escolhas adequadas na situação que você se encontra é o ponto crucial de Ring of Pain.

Cada vez que você inicia uma nova partida, ela vai ser diferente e quando você ainda estiver nas primeiras horas, será surpreendente. Não saber quais equipamentos que podem aparecer e o que eles fazem, os inimigos que vão te surpreender e até mesmo desvios no seu trajeto. Morrer aqui é normal e cada fracasso traz um aprendizado.

Ring of Pain traz conquistas dentro do jogo, como uma forma de incentivar o jogador a desbloquear equipamentos novos  e realizar tarefas que talvez nem soubesse da possibilidade. É uma boa forma de incentivar um perfeccionismo em completar todas as missões, somadas a um desafio extra.

Como já foi dito, você vai morrer bastante, mas não significa que o jogo é difícil de uma forma completamente injusta. A dificuldade dos inimigos vai aumentando de forma gradual, mas se você ficar pra trás a derrota é quase certa.


Infelizmente, a RNG, a aleatoriedade do jogo pode sim te colocar numa situação desfavorável e eu mesmo tive meus momentos de xingar a própria sorte....mas aí eu já tinha iniciado outra partida logo em seguida.

A ambientação é muito bem feita. O visual é escuro, como se estivéssemos num poço onde aberrações mutantes aparecem ao rodo e a trilha sonora aumenta essa sensação de forma exponencial. Há sempre um clima de tensão no ar.


O jogo possui alta rejogabilidade. Eu mesmo só parei quando completei todas as conquistas disponíveis. Algumas deram sim uma dor de cabeça, mas hoje vejo tudo num saldo positivo. Ring of Pain é um jogo que se beneficia ainda mais em plataformas portáteis, mas só os donos de um Nintendo Switch têm essa possibilidade.

Um jogo de alta qualidade e ainda recebendo atualizações com adição de itens e até novas mecânicas de jogo. um dos vencedores desse ano de 2020.


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