segunda-feira, 6 de abril de 2020

Steam Review : Trial of Gods: Siralim CCG








Trial of Gods: Siralim CCG é o mais recente jogo do Thyslascine Studios, responsável por criar a série de RPG nomeada Siralim. De uma forma mais compacta, esse RPG traz nenhum (como no caso do primeiro) ou pouca história como esperamos de jogos que dividem o gênero e isso é compensado com uma infinita capacidade de customização das suas criaturas. Pelo que conheci, buscaram trazer sua própria versão de um Dragon Quest Monsters (lançado para Gameboy Color e Advance). Hoje já estão no Siralim 3 e trabalhando no título seguinte, de nome Ultimate.



Com essa breve explicação do que é Siralim, podemos adentrar no que de fato se trataTrial of Gods. O termo CCG vem de Collectable Card Game, o que significa que se trata de um jogo que usa um sistema de cartas, em que você vai coletando outras e montando, então, um baralho para derrotar seus oponentes. Neste jogo, cada baralho conta com 6 cartas, que são lançadas uma por turno por cada jogador, buscando, ao fim, terem mais cartas de sua cor do que do oponente.



O que no começo parece algo simples, ganha toques de complexidade. Assim como nos RPGs de Siralim, ocorre um ciclo de vantagens e desvantagens, contando com cinco diferentes classes, por exemplo: Death é fraco contra Light e este é fraco contra Nature. Com este sistema, uma carta que em teoria não viraria a de seu inimigo agora consegue, ou pode até conseguir um Overkill. Quando uma carta é virada, dependendo da diferença dos valores, ela vai para o neutro, que não conta como de ninguém, ou para a cor do jogador que a virou. Se estiver neutra ou no caso de um Overkill, neste último, quando uma carta tem o valor maior que o dobro da que esta se defendendo, ela não pode ficar neutra e garante uma vantagem ainda maior ao atacante.



Todo esse sistema é explicado em um rápido tutorial rápido e interativo no começo do jogo, com uma boa demonstração do que pode ser feito nele, inclusive as habilidades que as cartas podem ter, já partindo então para o ponto principal do jogo que é vencer todos os 15 deuses, cada qual em seu  respectivo domínio, separados em 5 grupos de 3, onde é obrigatório derrotar o trio. Esses deuses vêm, como podem esperar, já da franquia e eu adorei como visual de alguns deles ficou.



Não há nada extravagante no visual de Trial of Gods, os cenários de cada domínio são estáticos, com uma trilhazinha que leva as batalhas automaticamente. Os deuses e as criaturas me interessam mais, devido ao fato que eu tenho um coração mole para monstros. (que pra mim é melhor do que ficar vendo personagem genérico de cabelo espetado em todo santo RPG).



A trilha sonora de Trial of Gods:Siralim CCG, vem como um complemento e não como astro principal nas batalhas. Geralmente são mais calmas, de certa forma funciona, mas eu sinto falta de um protagonismo nelas, exceto por duas, sendo uma dessas a contra os chefes.



Os chefes que em geral possuem habilidades superiores às criaturas normais, já que são os próprios deuses, podem mudar o rumo da partida rapidamente. Antes disso porém, você tem que vencer cinco batalhas rápidas. A dificuldade do jogo ocorre quando algum baralho inimigo funciona muito bem contra o seu, exigindo que o jogador pense melhor em como joga, ou adaptando seu próprio baralho para aquela situação, que é feita rapidamente.



A inteligência artificial do jogo está sendo melhorada com o passar das atualizações, mas ainda é possível armar armadilhas contra ela, uma vez que ela toma atitudes previsíveis (mas isso eu vivo fazendo também então...seria eu...um robô?). Sendo assim, ela é mais fácil no modo normal, (mas eu apanhei ainda assim em algumas partes), aumentando sua dificuldade no modo difícil e no Itherian Mode, este último sendo o modo infinito do jogo e onde podem ser obtidas as cartas mais poderosas, de acordo com o número de vitórias seguidas que você consegue.



Como o jogo está em Early Acess, sofre atualizações praticamente semanais, com alguns rebalanceamentos e adições de melhorias em menus. A mais recente me agradou bastante devido à capacidade de salvar baralhos, assim eu posso mudar rapidamente sem ficar caçando dentre as 200+ cartas que eu já tinha desbloqueado. Na última atualização também foi adicionado um modo pvp local para dois jogadores, também possível pelo modo remoto da steam, mas o mouse é compartilhado.



Mesmo com a promessa da adição de mais conteúdo  Trial of Gods:Siralim CCG , exceto por alguns bugs visuais, parece um jogo bem completo já em como está. O que o futuro trará eu não sei, talvez um modo online? Provavelmente. Gostei bastante do resultado “final” e espero ansiosamente para quando o jogo estiver em sua forma completa.

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