quarta-feira, 13 de maio de 2020

Steam Review - Super Cyborg

Contra tudo e Contra Todo.
Super Cyborg é um jogo estilo run n gun misturado com com ação plataforma. Controlando um ciborgue (ou dois se jogar com um parceiro) e ambientado numa ilha onde experimentos secretos foram feitos com raças alienígenas, acabou sendo despertada a forma de vida Xirxul. Este alien é capaz de causar mutações Às formas de vida da ilha e está se espalhando rapidamente. Cabe então aos ciborgues investigarem e destruírem antes que  a humanidade esteja condenada.

Com esta introdução completamente original somos apresentados a este jogo que  busca trazer a experiencia de um jogo do ano de 1987, no Nintendinho ainda. Sim, não acho que há nenhuma dúvida que os criadores aqui quiseram trazer Contra de novo (já que a Konami não nem aí faz um tempo né) e se empenharam bastante pra trazer isso, apesar que focaram até um pouco mais no Super Contra, o segundo jogo da franquia.


Eu quero logo apontar tudo o que eu  vejo de copiado. sim copiado é a palavra certa. Fui ver uns vídeos de gameplay de Contra e Super C, só porque eu senti que tinha algo assim rolando. Padrões de movimentos de inimigos completamente similares. Por exemplo: uma arma que brota do chão em Super C e  uma que brota do chão em Super C...yborg, que  são parecidíssimas. Eu acredito em coincidência, mas isso pra mim é demais. A primeira fase de Super Cy (vou chamar assim) tem uma ambientação idêntica, mas lembrando a primeira do Contra original.

Quero uma dessas.

Eles usam esse artifício durante todo o jogo, uma outra ocasião é a simples existencia de uma fase de elevador, que não é muito comum nesse tipo de jogo. Fica bem claro que queriam repassar uma admiração pelos jogos antigos e reimagina-los. Um ultimo ponto e que me prova isso são as armas. Temos a metralhadora, que funciona igual a do 1º Contra, assim como a Spread, que é aquela que se espalha na tela. Também temos o Laser e uma Energy shot, que é similar a do Super Contra, explode num alvo e se divide em quatro.

Nisso entramos no ponto da nova roupagem que oferecem em Super Cy,as armas agora possuem um tiro carregado, tornando os efeitos geralmente maiores com melhor alcance e/ou poder.Se uma fase é tão parecida quanto ao antigo, por que não fazer uma entrada mais espalhafatosa e mostrar que estamos num futuro com uma nave ? Também tem. Um misterioso inimigo voando no fundo da primeira fase  também mostra uma caprichada.
Sensação de algo me observando.
Se antigamente o hardware dos consoles limitava os jogos , hoje não temos mais tanta limitação (só os AAA que ficam querendo  a resolução mais absurda que existe mas aí já é problema deles), os gráficos não sofrem mais e podem ser melhor detalhados. Não era incomum jogos ter apenas um fundo preto, mas agora podemos ter o serviço completo e Super Cyborg não desaponta nem um pouco ao que se propõe. Mesmo que alguns pareçam mais simples, com poucas coisas acontecendo no fundo. Em outras fases contudo, há muito mais detalhes no ambiente, junto com obstáculos e até mesmo umas partículas minusculas que ninguém sentiria falta, mas mesmo assim estão lá.

Como ja devem ter notado, alguns inimigos são bem grotescos. Cada qual uma abominação pior que a outra. Eu garanto que fica bem pior do que as imagens que vocês veem por aqui, mas não quero estragar sua surpresa. Essas mutações são o mais marcante desse jogo disparado, impossível de esquecer e assombrarão meus pesadelos e os seus também eu espero. Alguns são reservados a ser cenário, principalmente mais pra frente. Gosto bastante como eles casam bem com o estilo 2D, por quê ao menos sendo feios (nasceram com saúde....talvez), esse visual de desenho não causa um nojo tão grande em mim.

Pensando aqui, achei esse bicho com cara de síndico babaca.
Quanto as mecânicas do jogo, não tem muito pra onde correr. O gênero te permite a pular, atirar e morrer. Uma adição aqui é  travar  a mira, assim é possível manter a posição, quando necessário, e não precisa ficar corrigindo seus movimentos ao atirar. O já mencionado tiro carregado também é novidade, e este carregamento pode ser acelerado com o power-up R, que significa: Rapaz, agora ficou rápido o tiro, eita.

O trabalho de Darkman007 na trilha sonora alavanca demais  esse jogo. Ele consegue trazer uma selva e umas montanhas com uma sensação de perigo, ao mesmo tempo que laboratórios e cavernas...e intestinos... conseguem ser sombrios  e ameaçadores, todos estes com uma sensação de emergência que precisa que o jogador se apresse pra salvar o mundo.

Nada melhor que uma pratada de lagosta pela manhã..
A dificuldade vem mais da tentativa e erro mesmo. Conhecer os padrões da fase e dos chefes é o essencial pra ir jogando cada vez melhor. Os chefes geralmente seguem um padrão de ataques que é até fácil de manipular, ou no pior dos casos, de se acostumar.Achei ele bem acertado nesse quesito.

Por fim, mesmo tendo "se inspirado excessivamente" na franquia Contra,acho uma bom jogo do gênero. Não tem do que reclamar do que não está quebrado, e o mesmo ainda caprichou em dar sua cara justamente nos mutantes. Com uma trilha sonora muito boa, jogabilidade boa e um precinho camarada, Super Cyborg é um bom jogo pra quem é saudosista dos contras de 30 anos atrás.

Essas aranhas tão mamando esse coração com gosto hein.

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