domingo, 18 de outubro de 2020

Steam Review - Tropicália - Early Acess

No meu tempo, tudo isso era mato




Tropicália se trata de um RPG ambientado no território brasileiro, bem antes da colonização por parte dos portugueses. Nesse jogo somos encarregados de controlar o jovem Kaíque, em busca de sua amada Kerana, que desapareceu. Por enquanto, no momento desse Early Acess, precisamos conhecer e  fortalecer Kaíque, para que possa enfrentar os obstáculos que virão. Bom, o jogo no momento conta com apenas uma das sete regiões planejadas, então o conteúdo é bem limitado. Como eu ganhei uma key então resolvi fazer uma análise neste momento mesmo.

Meu primeiro impacto foi com o visual então comecemos por ele. Gostei bastante de tanta floresta e mata presentes. Árvores diferentes, onde em certos RPGs são só a mesma coisa, dão um ar de variedade e flora diversificada. Tem apenas algumas telas que achei que tinha mato demais e pouca variação, contudo são probleminhas menores.



Essa questão do mato também traz um outro ponto: os combates. As lutas comuns ocorrem aleatoriamente  no mato. Isso já é um mal que vem lá dos RPGs mais antigos e que ainda é um padrão. Eu prefiro evitar jogos assim já que eles abusam um tanto da taxa de encontro. Em Tropicália eu sempre consigo cair numa luta quando eu menos estou afim. No mato ainda temos como desviar, já que existem passagens que não tem estes encontros, mas na água e dentro de cavernas não tem como. Ainda assim, a taxa de encontros não é tão alta então não chega a incomodar muito.

O mapa se apresenta de forma semi-aberta. Você pode explorar diversos locais, mas geralmente tem duas coisas que te travam. o primeiro obstáculo são inimigos mais fortes do que você consegue lidar, geralmente ocorrendo um caso de morte. Quando não é isso, são obstáculos os quais Kaíque não pode remover por não ter a técnica para isso.



Para conseguir tais técnicas, Kaíque deve enfrentar e vencer combates contra seus inimigos. De pacas  à Caipora  e até tigres dente-de-sabre, todos os inimigos quando vencidos  dão pontos de habilidade, além da experiência padrão de RPGs.Os pontos de habilidade são usados para liberar técnicas, magias e bem...as habilidades para viajar pelo mapa. Uma rocha que pode ser quebrada, um rio a ser  explorado por nado e colher frutos que recuperam vida e magia; Tudo isso liberado pelas habilidades e cabe a você escolher qual priorizar.


Quanto a estas habilidades, eu acabei focando em usar aquelas de dano em área, resolveram bastante meu problema. O começo do jogo, quando você está sem muitos recursos é um pouco perigoso. Quando morre, seus pontos são resetados então é bom ter  estar sempre atento se já pode comprar aquele poderzinho novo que você queria.

As batalhas contra os inimigos são as vezes bem tranquilas, ou podem ser o próprio inferno. Até chegar em certo nível de poder, certas batalhas eu preferia fugir. Tem uma com plantas carnívoras que me colocam pra dormir, me envenenam, perco meu turno  até minha vida chegar a 1 e qualquer ataque comum me matasse.Um tanto frustrante.

Por último, a trilha sonora é bastante agradável e traz um toque de natureza e instrumentos associados à indígenas, como o chocalho. As músicas grudam em você uma vez que o vai e vem da exploração faz com que elas te acompanhem.

O jogo ainda está em Early Acess, mas promete ficar bem melhor, seja pelas novidades, seja pelas correções e balanceamento. Com certeza um jogo nacional para ficar de olho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário