domingo, 13 de agosto de 2017

Atelier Iris 3 : Grand Phantasm - PS2


Au que mia.




A cidade de  Zey Meruze é lar da Guilda responsável por organizar trabalhos para os mercenários da região. Além disso, conta com uma proximidade enorme à portais para outros mundos, o que traz convívio com diversas espécies diferentes. Dentre os mercenários estão Edge e Iris, uma dupla quase que iniciante, buscando subir no ranking. Nisso se veem envolvidos em algo muito maior, que pode destruir ou salvar o mundo.



Atelier 3 foi um dos jogos mais por acaso que eu joguei na vida. Estava lá indo comprar um joguinho novo, ser feliz e tal. Enquanto estava passando  olho nas capas acabei me deparando com uma capa estilo anime e era RPG. Impulsivo que sou, decidi levá-lo. Me arrependi? Descubra.

De cara somos apresentados com uma opening tipo anime com uma música bem daora, apresentando personagens e tudo. O hype começa logo aí e após uma introdução somos apresentados aos personagens e ao básico de gameplay.


Falando logo das batalhas, é um RPG por turnos, que são definidos pela velocidade dos personagens, permitindo ate múltiplos ataques antes dos inimigos. Algo similar ao existente em Final Fantasy X, mas em Atelier 3 dá para manipular melhor. A mecânica mais importante e crucial é a barra de BURST, que é preenchida pelo numero de hits que seu ataque causa no inimigo. Ao preencher ela, o dano de todas as skills sera aumentado e o inimigo chega ate a perder turnos. O seu objetivo nas lutas é esse, chegar no BURST e aniquilar o inimigo.

A segunda barra, quase tão importante, é a de skills. Partindo de um valor de 0 e chegando até 9. Ela é comum para os 3 personagens, ou seja, não tem mp/mana ou coisa do tipo individual, é tudo de todos. A parte boa é que quando chega ao BURST, ela enche ao máximo possibilitando um dano escandaloso se comparado ao momento em que não se está em BURST. Esse sistema é muito roubado quando se consegue abusar dele, enchendo em 3 ações. Não joguei mas parece que em Mana Khemia (também para o ps2) eles deram uma balanceada e fizeram o BURST ser mais difícil de alcançar.



O negócio é que sem ele, você não dá tanto dano e as batalhas se alongam, principalmente contra chefes. É uma dependência que, se não montar um time que alcance esse estado, o jogo dá uma dificultada ou pelo menos fica mais vagaroso.

Um ponto que eu acho maravilhoso nesse jogo é que não tem batalhas aleatórias. Você vê  gosminhas (de cor azul,branca ou vermelha) e pode desviar das batalhas ou simplesmente matar o monstro sem entrar em combate, no caso das de cor azul. Considerando que esse jogo é um vai e vem desgraçado em 5 Ambientes, muito me agrada não ter que ficar lutando toda vez que precisar entregar uma pedra pra fulano.

O vai e vem é repetido mesmo, já que não se tem um numero de locais enorme para visitar. É a cidade e mais cinco locais liberados ao progredir com o jogo. Mesmo com os cenários sendo distintos e bem bonitos, o senso de repetição é enorme. Chegou um ponto que eu não queria mais fazer quests.
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O sistema de Quest que se divide em três tipos. Missões de Ajuda/Guilda, que normalmente continuam o plot e te permitem continuar a história principal. Missões de Combate que são ou matar X números de monstros ou um monstro especial. O terceiro tipo é daquelas que se repetem mais, que são as de entrega; Alfredoscópio que um olho de monstro? Vá, entregue e fim de papo. As únicas que são realmente obrigatórias são as primeiras, mas as outras garantem dinheiro, material ou receitas.

Demorei pra chegar aqui mas o ponto principal da série Atelier Iris é alquimia. Gerar itens a partir de outros, usando materiais, inclusive armas, roupas e acessórios. É o ponto forte, que traz uma customização interessante para os personagens produzindo equipamento para aumentar seus status ou garantir características e resistências. Fora que os acessórios são bastante importantes por terem características que complementem sua build do personagem assim como magias cruciais como Heal All. 



Alem das skills que os acessórios trazem, as classes de Edge e Nell (que entra no grupo depois) podem ser alterados na casa de save, cada um tendo 5 formas com seus prós e contras e que são desbloqueados com o passar do jogo ao encontrar as MANAS. Calma, não é nenhum grupo lacrador que eu conheça, mas sim espíritos presos em monstros que ao ser libertados dão classes e magias novas para Iris.

Algumas formas são muito fáceis de atingir o BURST, como o Edge normal, ou com as laminas Plua e a Nell normal. Outras trazem muito dano como o Edge com as laminas Jiptus e a Nell com a lamina Diemia ou Siren. Tem a pior de todas também que é a Faustus, lenta, não compensa o dano e a melhor parte são skills que chefes são imunes.  Montar seu grupo dá uma personalizada a mais, apesar de que você vai querer focar no BURST.


Os cenários são bonitos e as músicas são agradáveis, salvo as que são muito boas. O que não agrada é a historia. Muito simples e os personagens não tem profundidade. Os NPCs das quests mostram mais crescimento que alguns personagens mais importante, seja conseguindo mais coragem, seja melhorando seu caráter ou lidando com a perda.

A dificuldade depende de como constrói seu time, o grind só é necessário para desbloquear skills ou conseguir materiais. O jogo da a impressão de durar mais que o necessário, principalmente com tanto vai e vem. Me diverti muito na primeira vez que joguei, mas na segunda já deu uma caída, ainda assim, acho que vale conhecer.


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